Oh Pai! Obrigada pelas mãos amigas que me socorreram do Vale de Dor.
Sofri, sofri muito, e hoje reconheço: foi por minha ignorância e medo, de sequer pensar na morte.
Esbravejei, odiei e tentei agredir a minha família que tão rápido me esqueceu, logo após descer a sepultura.
Não me conformava que a vida deles continuasse na rotina, enquanto a minha foi tão abruptamente interrompida.
Não entendia como puderam esquecerem-me, quando os amava tanto, e os socorri quando necessitaram.
Do esquecimento veio o ódio e o ressentimento. Os meus sentimentos mesquinhos infiltravam-se nos meus familiares, pouco a pouco, gerando discussões e dores, que atingiram meus entes queridos.
Como o sofrimento não é eterno, uma alma amiga se aproximou querendo ajudar-me. Inicialmente, eu a hostilizei, tentando afastá-la.
Com o tempo a indaguei como poderia ajudar a minha família; e sua resposta me chocou, ao dizer: Afaste-se irmã e trabalhe pelos sofredores, e assim a paz e o caminho dos seus familiares seguirão o seu curso.
Hoje sou trabalhadora de última hora e iniciante nos Ensinamentos Espirituais. Valorizo cada dia e hora que me são concedidos, para modificar e estimular um sofredor a lutar por sua renovação.
Irmãos, não esperem estar do "lado de cá", quando não há imperativo da matéria para agir, iniciem agora, pois quando se desligarem do mundo físico transitório sofrerão menos e não sobrará tempo para lamentações inúteis.
A saudade existirá, mas será facilmente suportada e não será um obstáculo ao progresso, mas uma promessa de um feliz reencontro.
Lutem por sua evolução e olhem sempre para o horizonte sem reclamações pelo passado, buscando um futuro feliz.
Paz nos corações.
Amélia
Trabalhadora da Colônia Espiritual Servos de Jesus
GESJ - 28/02/2012 - Reunião Pública - Vitória, ES - Brasil