Irmãos, que Deus nos envolva em Sua Luz.
Amigos, vocês não sabem o quanto sofri, devido a ignorância de tudo que envolve o espírito e seu desenvolvimento nos planos físico e astral.
Minha história de revolta e sofrimento inicia-se com a minha morte prematura, aos 19 anos. Vida ceifada abruptamente em um acidente, onde as esperanças e projetos de melhores dias, é claro, foram interrompidos.
Era um rapaz impetuoso, arrogante, que vivia a vida louca e intensamente. Até que um dia, em uma aposta, bati o carro e, então, iniciou-se meu pesadelo.
Diziam que eu estava morto.
Eu gritava: "Vivo eu estou vivo! Olhem para mim, estou vivo"!
Não adiantou; fui levado às pressas para o hospital e lá encaminharam-me para uma sala de cirurgia. Naquela hora eu entrei em pânico e o que ouvi deixou-me estarrecido.
Era a sentença: a família autorizou doar todos os órgãos que fossem possíveis de doar.
Nesta hora gritei: "Não! Não! Vocês não veem que estou vivo? Não me matem"!
Não houve jeito, senti na "carne" os meus olhos, rins, pulmões, fígado, tudo sendo arrancado. Gritava loucamente de dor a cada corte em meus órgãos.
Em determinada hora senti uma mão de mulher na cabeça e a voz da minha avó falando: "Carlinhos, calma, pense em Jesus! Jesus, lembre-se de Jesus"!
Desesperado lembrei-me de Jesus. Meu Deus! Fui sentindo paz e uma sonolência a anestesiar-me até dormir.
Hoje não sofro, mas confesso, sinto um leve ressentimento que ainda não sublimei, ao ver meus órgãos em outros corpos e a vida seguindo naqueles que estão encarnados.
É por isso irmãos que estou aqui, para aprender, como vocês, que o corpo material é uma dádiva que Deus oferece aos Seus filhos, para que sigam e cumpram Sua Leis na íntegra.
É difícil, reconheço. Mas olhando para traz, vejo e agradeço por tudo, e sei agora que nada aconteceu que não estivesse na minha programação de vida.
Não tenho autoridade e sabedoria para ensinar, apenas relatar a minha história para deixar como reflexão: doar ou não?
Digo por mim, não estava preparado para morrer e muito menos, para cultivar o altruísmo de doar sem cobrança ou revolta.
Pense nisso irmão: o que diz seu coração? O que você sente?
A partir disso remova os obstáculos que detectar para não se prender na ignorância espiritual.
Desejo a paz, e busco a paz.
Carlinhos
Paciente da Cidade Espiritual Servos de Jesus
GESH - 17/09/2013 - Vitória, ES - Brasil
Nota - No decorrer dos 42 anos de existência do GESJ, vários espíritos desesperados, doentes, alguns até odiando seus familiares, por haverem dado permissão de tirarem "seus órgãos" para transplante. Eles dizem sentirem-se mutilados com a retirada dos seus órgãos, alegando que não deixaram ordens para isso.
Esses casos são muito tristes e dolorosos.
Há um "dito" popular que diz:
"Fazendo figura com o chapéu dos outros".
Pensem nisso.
Margarida